sábado, 3 de julho de 2010



Interessada em Museologia, que define-se como um meio de intervenção social e de comunicação ao serviço do desenvolvimento das comunidades que serve, relato que a Bahia é um museu aberto. Não se limita ao tradicionalismo do armazém de objetos, mas os revive através do hibridismo da contemporaneidade da arte que produz. O que eu não posso afirmar é se há planejamento e coordenação de ações culturais e museológicas, identificação e valorização do patrimônio, e definição de políticas públicas culturais que sejam responsáveis com o tamanho da responsabilidade que um estado exportador de talentos como esse deve possuir.

Há muita preocupação e preparação de pessoas para o turismo. Porém há uma extrema bonança para o aproveitamento do bizarro, onde o homem cordial transforma-se em o homem esperto. Há um ramo ético(e extremamente profissionalizados) e um ramo que se aproveita da baianidade e do tropicalismo mas ao mesmo tempo está sendo pressionado pelas exigências da excelência na sociedade contemporânea. Assim, competem entre si os dois sistemas numa relação permissiva em que aqueles que melhor avantajam-se dos turistas são os mais bem remunerados.

Resta-nos saber, até quando a resistência "cordial" estará organizada... na globalização tudo depende de informação, conhecimento e evolução pessoal. Salvador deve ter uma chance para mostrar que educação e patrimônio podem e devem andar de mãos dadas, com vistas a perder o mercado para a profissionalização estrangeira, como já é o caso da invasão dos uruguaios no sistema turístico.

Nenhum comentário: