Hoje recebemos em Juiz de Fora, além do corpo do Presidente Itamar Franco, personalidades da política nacional, que vieram aqui quiçá aprender como fazer um autêntico e respeitável pão de queijo. O pão que mata a fome e também a gula dos mineiros.
Tão criticado em seu governo, revelou a um amigo, que esperava que após sua morte muitos lhe reconhecessem os méritos. E foi mesmo assim. A cidade hoje entardeceu apinhada de políticos que vieram visitar-lhe em sua casa, não mais esperando que lhes servissem pão de queijo, mas dizendo ter aprendido com Itamar a receita do SER POLÍTICO.
E eu pergunto: se já sabem a receita por que não assam logo esses pães e os distribuem ao povo para que TODOS possam se fartar de coisa fina, de política olhos nos olhos, de política coração e sensibilidade, de política por um mundo melhor?
Itamar Franco foi responsável pela base da construção de um país democrático, como disse LULA, mais solidário, com economia estável e maior distribuição de renda, garantindo acesso a educação, à saúde, à assistência social e à cultura.
A lei orgânica da Assistência Social, LOAS, foi promulgada e regulamentada em seu governo estabelecendo-se como política pública, dever do estado. NA educação, o Plano de Valorização do Magistério, o Plano Decenal da Educação, a criação da Secretaria de Educação Especial, a regionalização da merenda escolar e a criação do transporte escolar. NA cultura, os desenhos de uma política cultural e a retomada do cinema nacional. Na economia, como todos sabem, a criação do plano real, fator responsável pela estabilização da economia nacional. Na saúde, foi ele quem criou a lei dos remédios genéricos, segundo me conta João Carlos Mendes, minha fonte várias vezes nesse blog.
Na vida, a simplicidade e a humildade, que era um fator que marcava seu encontro com os outros olhares, preponderando o olhar do coração. o exemplo da ética, honestidade, zelo pela coisa pública e o nacionalismo onde o coletivo estava acima dos interesses individuais, defendendo o patrimônio brasileiro. E Joao, continua, recordando uma frase por ele dita:
-Em meu governo, quanto menos pompa, melhor!
Termino mostrando o seu documento de posse da Presidência da República, tão simplesmente mostra de humildade incondicional, doado a Joao, filho do seu amigo Chico Bráz de Ubá, que o apoiou resistentemente enfrentando o regime militar na sua primeira eleição ao senado, pelo MDB - Movimento Democrático Brasileiro. Chico Bráz, desfilou com o candidato em carro aberto, usando megafone e convidando o povo para abrir a janela e ver o Senador da República Itamar Franco. Conta-se que as pessoas olhavam pelas gretas de janelas e portas e fechavam imediatamente para não se comprometerem diante do regime militar nos anos de chumbo da ditadura.
Eis aqui, o documento: