terça-feira, 29 de junho de 2010

Enquanto isso ela dormia e ainda dorme, em Êxtase


Na capela do MAM-BA, de Marco Paulo Rolla, até 04 de julho.

A obra múltipla de Marco Paulo Rolla está permeada pela presença viva do corpo e ao mesmo tempo pelo conceito de passagem, transmutação, transformação. Com a exposição êxtase o Museu de Arte Moderna da Bahia apresenta ao público baiano parte da produçao recente do artista mineiro. Desenhos, instalação, vídeos, esculturas e performances, reafirmam de formas diversas seu desejo de construir um discurso que deixe clara a `pluralidade do ser humano´.
(...)
Solange Farkas
Diretora do Museu de Arte Moderna da Bahia

Na praça Pedro Arcanjo


Ladeira do Tabuão, 60. Baixa do Sapateiro. Pelourinho.

(...)

Pedro Arcanjo viveu na época da abolição da escravatura, em que negros e mestiços, embora gradualmente conquistassem a sua liberdade, eram ainda perseguidos por tentarem viver as suas tradições, desde o candomblé à capoeira, passando pela própria comida (azeite de dendém, e seus magníficos derivados...) e o samba de roda e trios elétricos do carnaval baiano, pai do carnaval carioca.

Simples bedel da Faculdade de Medicina (que na época estava situada no Terreiro de Jesus, logo ali ao pé do Largo do Pelourinho), motivado pela revolta perante as posições racistas de alguns ilustres professores da mesma faculdade, começou a estudar o tema das raças a fim de as contrapor com lógica racionalidade. Ao longo de dez anos, a leitura transformou a revolta em curiosidade científica sistemática, e Pedro Arcanjo escreveu e publicou um livro, ‘A Vida Popular na Baía’, impresso (adivinhe-se) na tipografia de Mestre Lídio. Depois deste, Pedro Arcanjo escreveu mais três, ‘Influências Africanas nos Costumes da Baía’, ‘A Culinária Baiana – Origens e Preceitos’ e os “importantíssimos” ‘Apontamentos sobre a Mestiçagem das Famílias Baianas’.

Pedro Arcanjo era um homem apaixonado pelas mulheres(...)

Foi retratato por Jorge Amado no livro Tenda dos Milagres, uma ode à miscigenação de raças, por ocasião do centenário do seu nascimento.
Fonte: http://www.lerporai.com/livro.php?livro=livro200607

MÊS JOANINO



Teresa Batista cansada de Guerra, Jorge Amado. Sinopse.
Publicado em 1972, Tereza Batista Cansada de Guerra apresenta aos leitores mais uma personagem fascinante criada por Jorge Amado. Uma mulher cuja personalidade indomável e muitas vezes imprevisível choca contra as convenções e se rebela contra o destino que lhe tentam impor. Tereza Batista viveu, desde a infância pobre, privada da liberdade, com a crueldade de não ter controle sobre a sua própria vida. Fortalecida pela consciência do seu valor como mulher, usa o seu poder de sedução e a sua sensualidade como forma de marcar a sua presença na sociedade, de afirmar a sua força, de dar resposta ao mundo que a oprime. Tereza vive num ambiente quase sempre áspero e hostil. Um mundo de sofrimento, miséria e violência (...)

Fonte: http://resumos.netsaber.com.br/ver_resumo_c_51.html

E na terça-feira: São Pedro comanda a festa!


Na Praça Pedro Arcanjo, no pátio da Casa Olodum hoje. Na Tenda dos Milagres de Jorge Amado.

domingo, 27 de junho de 2010

Onde andara a morena mais frajola da Bahia

Na entrada do Pelourinho,

Esse lugar é surpreendente, fazia muito tempo eu não via uma coisa assim.
A observação do cinema Tupy provocou uma gargalhada geral dentro da van que nos levava e que era conduzida por uruguaios. Os guias uruguaios, em grande parte, tomaram conta do tranporte turístico em Salvador.


entrando na Baixa,... onde estará a morena mais frajola da Bahia... o local era de forte comércio. Agora, segundo Lindnalva (uma rara e confiável motorista de táxi que nos guiou na manhã de segunda-feira, da Igreja do Bonfim à Ponta de Humaitá, passando pela Igreja dos Navegantes e a Feira de São Joaquim e a Pau da Lima na tarde),muitas lojas estão fechando, em função da verdadeira mania dos soteropolitanos que engarrafam as vias rumo aos shoppings da cidade.




segunda-feira, 21 de junho de 2010

Emoção de Gilberto Gil para Ary Barroso



Gilberto Gil, então Ministro da Cultura. Cerimônia de assinatura do Decreto do Centenário Ary Barroso, 2003, na presença do Presidente Interino José Alencar, o saudoso acadêmico Antonio Olinto(1920+2009), Mariúza Barroso, Ziraldo, Maurício Shermam, Sérgio Mamberti e muitos outros da cena artística brasileira.

Trecho de vídeo cedido por Joao Carlos Teixeira Mendes, idealizador e coordenador nacional do projeto do Centenário Ary Barroso. Imagems geradas pela Radiobrás.

Imperdível, o MAM de Salvador

domingo, 20 de junho de 2010

Aviso: Ary Barroso foi esquecido na Bahia


A constatação que Ary Barroso foi esquecido na Bahia foi uma afirmação de que a boa música brasileira anda em extinção.

Confirmando, Maria Bethânia em entrevista para a Revista Bravo, outubro de 2009, supõe que GAl Costa, não se entusiasma tanto pelos novos autores porque não existem composições tão sofisticadas para o nível de perfeição da voz da cantora.

Em todos os lugares de Salvador o mineiro que cantou a Bahia não foi lembrado. Especulando e sem conhecer a realidade na totalidade poderia dizer que há um protecionismo regional contra a cultura do SUDESTE, ou que há uma restrição quanto ao fato de Ary Barroso ter cantado a Bahia encantado pelo Walt Disney e pela portuguesa brasileira mais conhecida no mundo internacional: Carmem Miranda, também rechaçada pelos brasileiros pelo seu ´american way style`. Dito,tudo isso é injusto. Absorvemos muito da cultura baiana, tudo de bom e muito do ruim, dessa educação despudorada que a mídia rebolativa impõe aos pobres sem direito à crítica do contexto.

Motoristas de táxis(diga-se de passagem, pouco confiáveis em Salvador), nunca se lembravam dele. Muitos lembraram-se de nos contar do apartamento de 2 milhões da Ivete Sangalo, na orla. NA televisão: um evento ao vivo, onde os cantores mais rebolavam com gestos sexualizados para uma multidão do que cantavam(e olha que sou bem liberal em relação às manifestações artísticas, convivo muito bem com a diversidade). Eles eram ovacionados pela complexidade do rebolado... estou com raiva desse erotismo excessivo que vivemos e que chega até as escolas dopando as crianças com as sensações adiantadas e as insinuações de sexo estimuladas por artistas que prostituem a arte. Valores invertidos, precisamos revertê-los. Educar valorizando nossa história, o passado, o patrimônio imaterial(pessoas principalmente) e cultural.

Onde está a memória de Ary Barroso e o que ele teria feito de tão grave para não ser lembrado por lá...!!! Onde estão os arte-educadores da Bahia... conclamo a recém criada associação a se organizarem em torno de temas de relevância nacional - e o que é feito na Faculdade de Música da Bahia para vivificar os mestres brasileiros.

Fica aí uma interrogação, visto que eu não entrei no Museu da Música lá no Pelourinho e que fica bem em frente ao Projeto Axé, perto do Ilaiê e na mesma rua do Ministério Público em Defesa do Patrimônio.

Se alguem souber responder, agradeço.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Forte de MontSerrat, Salvador.



Escolhi essa foto porque ela está sem photoshop e ainda: me vi com jeito de blogueira profissional... daquelas que sabem dar superdicas de como se virar numa cidade que é um paraíso cheio de prováveis piratas.

Nos próximas publicações vou contar dessa viagem a Salvador,... onde um ciclone extra-tropical se formou no mar do Atlântico Sul, ventando fortemente por 48 horas ininterruptas na orla e transformou os quatro dias em cultura, paisagens e bom descanso.

Salvador sem praia, capoeira ou batuque.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Nesse final de semana, estarei na Bahia. Revisitando, depois de 24 anos.
Espero me divertir, relaxar, fazer a siesta, comprar cd's, ir no Museu Rodin, no MAM Bahia, visitar o centro histórico, a cidade baixa e as igrejas com paredão para o mar de Todos os Santos. Curtir uma prainha, fazer comprinhas no Mercado, provar os sorvetes que dizem ser deliciosos, chupar umbu, ver o pôr-do-sol no alto do elevador Lacerda, fotografar, ir no Pelô, cavucar um show do Olodum... provar mais um pouco das iguarias, talvez,... rever amigos. Viver Salvador no meu aniversário!

Também tenho outros motivos para celebrar: os vídeo Robots e Formação de Professores foram escolhidos para serem apresentados no Artists Can Change the World, Athenas, Grécia, em setembro deste ano, juntamente com a foto Carnival Angel.

sábado, 5 de junho de 2010

Quando eu penso na Bahia. No tabuleiro da baiana tem...

No tabuleiro da baiana tem
Vatapá, oi
Caruru
Mungunzá
Tem umbu
Pra ioiô
Se eu pedir você me dá
O seu coração
Seu amor de iaiá

No coração da baiana tem
Sedução
Canjerê
Ilusão
Candomblé
Pra você

(...)

Samba, pós-maxixe, de Ary Barroso, composto após sua viagem à Bahia, em 1929, sobre a qual afirmou explicando também as músicas Na baixa do Sapateiro,Faixa de cetim e Quando eu penso na Bahia, assim ele disse:

(...) me descobri na Bahia. Os seus ritmos, seus candomblés, suas capoeiras, sua gente, em geral foram uma revelação para mim.

Andrade, Moacyr. Ary BArroso, Coleção Folha Raízes da Música Popular Brasileira, v.9. Editora MEDIAFashion, RJ, 2010, pág.13.

quinta-feira, 3 de junho de 2010