segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Maria Alcina e Carmem Miranda - Memória social


Comecei a pensar no tema 17 quando ao clicar para a pesquisa de Carmem Miranda apareceu o nome de Maria Alcina, ela faz shows-homenagem à Pequena Notável, no Sesc/ SP nesse ano.
Impossível que eu não fosse arrebatada pelas minhas lembranças da infância... primeiro, numa TV preto e branca que tinha lá em casa, meu pai chamando minha mãe pra vê-la cantando Fio Maravilha no Maracanã:
Fio Maravilha,
Nós gostamos de você
Fio Maravilha...
Faz mais um p’ra gente ver'.

Era 1972 e eu tinha três anos e a empolgação do meu pai, não era só pela música e pelo que o Fio representava nacionalmente no país do futebol...mas por ser aquela mulher de Cataguases, vinda da classe operária e vencedora!!!
Da segunda vez, acho que era 1974 ou seria 78/79? Vi o Ney Matogrosso cantando Pavão Misterioso, todo vestido de azul, no programa do Sílvio Santos... fiquei logo procurando a Maria Alcina...e meu pai exclamando:
- Doido, pelado cheio de plumas... será que é doido? - e outras perguntas e afirmações bem pouco elegantes...
Da outra, era 1976 em Cataguases. Era um domingo. Estávamos passeando de carro e vimos uma roda de samba, pessoas batendo palmas na calçada da casa projetada por Niemeyer e uma mulher cantando e dançando com um turbante laranja, e era ela no centro da roda.
Ficou ali a minha sensação...o carro passando e eu querendo um autógrafo,pensando naquela oportunidade única... nunca mais a vi.

Agora, fica aqui minha contribuição e admiração por essa cataguasense.

Para ver, ouvir e saber um pouco mais vá ao site:

http://www.musicadebolso.com.br/videos/volume30/ que começa dizendo assim:
Ela é Carmen Miranda, é Ney Matogrosso, é Elke Maravilha, é Bezerra da Silva, é Leila Diniz. Maria Alcina é tanta gente junta que se tornou uma figura única, indefinível e "incopiável". Quando surgiu em 1972, defendendo (e levando à vitória) o "Fio Maravilha" de Jorge Ben no VII Festival Internacional da Canção, não houve quem desse conta de classificá-la. Ela era um gênero, não um número. Andrógina e espalhafatosa, arrombou as portas da "família" brasileira para o fenômeno cultural/sexual que depois tomaria conta do país via Secos & Molhados.

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