sexta-feira, 3 de junho de 2011

Retratos do Brasil. Nossa poiesis e ANTONIO OLINTO..


O que é poiesis?

Cada artista possui a sua. Isto é, o seu tema atado ao seu modus vivendi, o que o toca. Não há como comparar poiesis, pois isso é redução. É tratar-se arte e poesia em estado de concurso e exclusão. A poiesis está profundamente ligada à verdade individual e pode ser entendida através de um mergulho na visão humanista.


Poesia AFRODESCENDENTE, incrivelmente atual deste lado do Atlântico, porém datada de 1962, Antonio Olinto escolheu como fonte de estudo e produção a raiz escrava do Brasil. Tratou de valorizar memória, como produtor de arte, como observador de arte, como crítico e como colecionador de objetos africanos que nos devolvessem integridade cultural ou proximidade patrimonial.


Pois,

Embora um oceano Atlântico separe as duas costas, África e Brasil, vive-se cá profunda emoção de lá. Nós brasileiros somos tão próximos, tão herdeiros de matrizes africanas, que muitas de nossas experiências reafirmam o reconhecimento de viver costumes e tradições de lá com a energia criadora de cá.

Raul Lody


E sabem, por que o tema é atual? vejam o slide acima, que trata da desigualdade racial, a mesma que faz com que as favelas brasileiras sejam habitadas por uma maioria negra, mulata, mestiça ou como dizia Darcy Ribeiro, e já não sendo índios, africanos ou europeus caíram na "ninguendade" (...) no país que Sérgio Buarque de Hollanda eternizou `the way of life` com a célebre frase do seu livro Raízes do Brasil:

- o Sr. SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO?


O país dos coronéis, que vendiam açúcar para adoçar a boca faminta dos interesses capitalistas da Europa e dos Estados Unidos e nas visões bizarras do mercantilismo que transformou os pobres em massa para o `moinho de gastar gente.`


Somente uma coisa eu peço: não nos desviemos da importância de nossa discussão aqui. Se estamos em busca de boas causas humanitárias, eis que temos uma que fala à necessidade de cada brasileiro: igualdade através de educação crítica.


Ó pá, educação crítica só pode ser meta autêntica quando ela tem conteúdo vivencial para o fazer, para VIVER ARTE!


ARTE NA EDUCAÇÃO JÁ!!! por uma outra poiesis!

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