


Dia 02, nas região das praias oceânicas, pegando o barquinho pra atravessar o canal que separa Itaipu de Camboinhas, para fugir de um verdadeiro congestionamento humano.
A intenção: refrescar-me pulando as sete ondas que trazem boa sorte, de frente para a plataforma da Petrobrás, localizada entre o Rio de Janeiro e Niterói.
Aí começa uma aventurazinha que acabou em meio à um maravilhoso por-do-sol e à uma vertiginosa vazante do canal, que resolvemos atravessar caminhando de volta, após as 18.30 e que quase levou meu amigo intelectual dos bastidores políticos da alta cultura do Brasil na correnteza... ichi!...báah guri...tri,:
- Joãao, pára de brincar, levanta que dá péééééé!
E a correnteza levando...
- Joãaaaao, fixa as mãos no chão, levante-se e saia andaaando!!!
Piedade da mãe divina, inspiração! Não era apenas uma brincadeira, o lugar é perigosíssimo e nessa hora a apenas 100m de distância a ligação com o mar funciona como um ralo de pia.
E nós dois,... turistas desavisados!
O passeio havia sido gratificante, belo e empolgante. Nosso acesso à tribo foi respeitoso, em busca da minha ânsia para ver o meio e o artesanato.
Chegando lá, encontramos um tatuador carioca, o quase anônimo Fabiano, pintando o pequeno índiozinho, numa troca urbana, universal, fora da ritualística indígena e tão impregnada de significados contemporâneos.
A tribo, vinda de Paraty instalou-se na área, reclamando sua porção na civilização urbana. Terras brasileiras tomadas de seus ancestrais, aquém e não além da especulação imobiliária e das leis.
O fato é que a região ficou mais rica com a taba. Mirar as ocas, com as roupas penduradas no varal, com o mar azul e o Forte Itaipu ao fundo e a convivência pacífica nessa diversidade urbana pareceu-me um cenário de filme de cinema.

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